Cumprindo a sua vocação nómada, que dita a mudança de casa a cada três anos, o festival Todos está pronto para abraçar um novo território e continuar a sua caminhada intercultural pela cidade de Lisboa. A jovem freguesia de Santa Clara foi a escolhida. Criada em 2013 a partir da fusão da Charneca e da Ameixoeira, é rica em História e em estórias, muitas relacionadas com velhas rivalidades bairristas, que a programação prevista para os dias 11, 12, 18 e 19 de Setembro espera vir a apaziguar.
Para Miguel Abreu, o director do festival, o importante este ano será “acertar a diferença entre o tempo próprio e interior de Santa Clara e o tempo uno do mundo contemporâneo, procurando estimular o pensamento e a acção em busca do tempo certo”. O caminho é, assegura, o da aproximação e valorização das relações com as diferentes comunidades através de um programa rico em espectáculos, exposições, passeios, visitas, experiências e workshops, ao vivo e no digital, que sirva de pretexto para o convívio e nos resgate aos preconceitos.